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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Herói Interior


A mitologia, os contos de fadas, os filmes e a literatura, todos têm retratado ao longo da história a figura arquetípica do herói. Trata-se daquele ser humano capaz de vencer qualquer desafio, qualquer inimigo ou dificuldade.

Não por acaso, os heróis despertam tanta simpatia e identificação de nossa parte. Quem não gostaria de possuir uma força invencível, capaz de derrotar qualquer obstáculo que surgisse pela frente?

É claro que a força física apresentada pelos heróis arquetípicos é uma metáfora utilizada para representar a força interior, a coragem e a capacidade de superar obstáculos que existe de forma latente em qualquer ser humano.
Se pararmos por um instante para refletir sobre nossas vidas, descobriremos que, ao longo dela, muitas e muitas vezes nosso herói interior esteve presente para ajudar-nos a enfrentar os momentos difíceis.

Entretanto, há ocasiões em que os problemas nos parecem tão grandes que nos sentimos fracos e incapazes de lidar com eles, esquecendo-nos desta força invencível que nos habita.

Somos aquilo em que acreditamos. Portanto, se acreditarmos que somos fracos, frágeis e indefesos, vivenciaremos esta realidade em nossas vidas.
Se, entretanto, cultivarmos a crença em nossa força interior e a convicção de que, por mais difícil que seja uma situação, conseguiremos sair dela vitoriosos, esta passará a ser a nossa única realidade.

Mas esta prática deve ser constante até tornar-se um hábito, já que não aprendemos a conduzir nossos pensamentos de forma harmoniosa. Ao contrário, temos o hábito de reforçar os sentimentos ruins, de buscar com avidez notícias desagradáveis, deixando-nos levar na torrente de negatividade.
Se com um pensamento negativo interrompemos instantaneamente nossa tranqüilidade mental, podemos deduzir que é possível modificar nossas mentes inundando-as de pensamentos positivos.

Palavras como: impossível, não consigo, devem ser abolidas de nossa mente e substituídas por outras como: eu serei capaz de superar isto, tenho coragem para vencer isto, ou quaisquer outras afirmações que nos coloquem numa nova abordagem mental diante dos problemas.

Condições adversas devem ser encaradas não como uma punição dos céus, mas como oportunidades valiosas para nosso crescimento interior. É somente nas dificuldades que temos a oportunidade de nos colocarmos à prova e podemos, então, descobrir nosso poder.
Lembre-se: seu herói interior está sempre dentro de você, pronto para entrar em ação e livrá-lo do medo, da insegurança, da falta de confiança em sua capacidade. Acredite em sua existência e convoque-o sempre que a vida e os problemas lhe parecerem um beco sem saída.

Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Galegos e Portugueses (ou vice versa)


Do Blog «Infinito» da nossa amiga Ermelinda Toscano (Almada) achámos por bem destacar aqui a sua «reportagem» sobre um dos «raros programas de utilidade pública» passados na nossa Televisão. Ora leiam o que ela nos diz:

Costumo ver pouca televisão, é um facto. Mas ontem, estávamos a acabar de jantar (um pouco mais tarde do que o habitual) e eis senão quando começa a transmissão, na RTP 1, do programa "Galegos de cá e lá". Pois é, não conseguimos despregar os olhos do ecrã e, sempre de ouvidos atentos, ali ficámos a ver o documentário de Júlia Fernandes até ao fim.

Foi um programa extraordinário, daqueles que gostaríamos de voltar a ver tanta é a profusão de informação, sobre as aldeias galegas na fronteira entre Trás-os-Montes e a Galiza. Muito bem concebido, com som e imagem de muito boa qualidade, tendo por base uma pesquisa séria e profunda, mostrando o passado e o presente de um território entre Portugal e Espanha com uma identidade comum. Apresentado de forma cativante, cria no espectador uma empatia total.

Estão de parabéns a autora e toda a equipa que a acompanhou (do som à imagem e produção), e a RTP por ter passado este importante documentário sobre a nossa história em horário nobre e na sua antena principal. Que este seja, pois, um exemplo a repetir.
«A fronteira entre Trás-os-Montes e a Galiza foi sendo ajustada ao longo dos séculos. O primeiro grande acordo fronteiriço com os espanhóis foi o tratado de Alcanizes assinado por D. Dinis. Mas, desde então mantiveram-se algumas dúvidas sobre pequenas áreas e aldeias cuja situação era menos clara.
Vizinhos galegos e portugueses nunca se importaram muito com a situação…umas vezes pertenciam a um lado, outras mudavam de posição, mas, no fundo eram todos parentes, a História está aí para prová-lo.
Até que, há pouco mais de cento e quarenta anos, pelo “Tratado de Lisboa”, o estado português e o estado espanhol acordaram numa divisão fronteiriça mais científica, mais apoiada em mapas, a mesma que persiste até hoje.
Mas, entre Trás-os-Montes e a Galiza, uma região pequena mas muito próspera – o couto misto - viu completamente alterada a sua vida. O couto era constituído por três aldeias e conservava desde a Idade Média uma série de privilégios, um dos quais era não pertencer nem a Espanha nem a Portugal.
Na partilha, o couto misto foi extinto, ficou integrado em Espanha por troca de três aldeias, ditas promíscuas (com população galega e portuguesa), situadas junto a linha fronteiriça e que passaram integralmente para Portugal.
Actualmente, a prosperidade do couto é apenas uma recordação e as aldeias do lado de cá e do lado de lá da fronteira padecem do mesmo mal: a desertificação.
“Galegos de Cá e Lá” é um documentário de Maria Júlia Fernandes com imagem de Carlos Oliveira, som de António Garcia e produção de Ana Lucas e Lila Lacerda.»
Lamentavelmente, não há nenhum vídeo do programa. Mas nem por isso vos deixo de apresentar um outro documentário (feito por galegos), também muito interessante, acerca das raízes culturais da Galiza e do Norte de Portugal:

«O património imaterial representa a fonte vital de uma identidade profundamente enraizada na História e compreende "o conjunto de formas da cultura tradicional e popular ou folclórica, quer dizer, as obras colectivas que emanam de uma cultura e se baseiam na tradição. Estas tradições transmitem-se oralmente ou mediante gestos e modificam-se com o decorrer do tempo através de um processo de recreação colectiva. Incluem-se nelas as tradições orais, os costumes, as línguas, a música, os bailes, os rituais, as festas, a medicina tradicional e a farmacêutica, as artes culinárias e todas as habilidades especiais relacionadas com os aspectos materiais da cultura, tais como as ferramentas e o habitat."
A índole efémera deste património intangível torna-o vulnerável. A salvaguarda deste património deve partir da iniciativa individual e receber o apoio das associações, especialistas e instituições.»



(Do Site: http://metoscano.blogspot.com/ )

domingo, 3 de janeiro de 2010

O que Você escolhe para 2010?


Estamos começando mais um ano, e que seja repleto de aprendizagens, reflexões, acertos, perdão, sucesso, saúde, paz, amor e, principalmente, que cada um desperte para uma vida com mais consciência. Enfim, que cada um consiga aquilo que deseja, e para isso o importante é resgatarmos quem somos verdadeiramente, a nossa essência, aquela parte nossa sem manipulações, medo, culpa, que só nos faz adormecer e aprisionar.
E você, sabe o que quer para sua vida? Desejamos muito aos outros, mas será que paramos por alguns minutos e reflectimos sobre o que desejamos para nós? Independente da época do ano, é importante vez ou outra analisar o rumo que estamos dando a nossa própria vida. Será que o que você está fazendo irá levá-lo a conquistar o que deseja? E o que você deseja? Não, não responda por impulso, sem reflectir no que essa pergunta significa. Estou me referindo aos seus mais profundos anseios. Você consegue identificar o que gostaria que mudasse em seus relacionamentos, em seu trabalho, em sua forma de conduzir sua vida, em você mesmo? Você está feliz neste momento? Não se apresse em responder essas perguntas, mas comece a pensar um pouco mais sobre elas.
Algumas pessoas começam o ano fazendo muitas listas do que devem ou desejam fazer, mas ao final de cada ano quanto dessa lista foi realizado? O que nos leva a sermos tão exigentes, críticos, que mal conseguimos cumprir com aquilo que nos comprometemos? Será que realmente buscamos aquilo que nossa essência quer ou o que nos fizeram acreditar que deveríamos querer? Não, não é uma resposta fácil de responder. Muitos estão tão presos ao passado, com suas mágoas, ressentimentos, culpas, carregando consigo uma história de cobranças e fracassos, que se sentem cada vez mais cansados para continuar. Outros se preocupam tanto com o futuro, com planos a longo prazo, com aquilo que precisam conseguir, que não conseguem sequer pensar para aonde estão indo, simplesmente vão agindo, trabalhando muito, ocupando o tempo para, acima de tudo, não sentirem. E o momento presente parece nunca existir. Sim, o passado é importante para entendermos a nossa história, os nossos sentimentos, uma parte importante de nossa vida, e muitas vezes vivemos as conseqüências das escolhas feitas lá atrás, mas uma vez compreendida a lição de tudo que passamos, superamos, e acima de tudo, o que aprendemos, podemos nos permitir estar apenas no momento presente. E o futuro? Claro que também é importante, há planos que devem ser feitos agora para que possamos alcançar algo, mas aquilo que iremos colher será determinado pelas escolhas feitas agora, no momento presente. E por que estamos sempre nos amanhã? Porque nos deixamos contaminar pela velocidade da tecnologia e informação e queremos sempre bater o nosso próprio recorde, fazendo cada vez mais coisas em menos tempo. E o que conseguimos com isso, além de cansaço, ansiedade, e consequentes sintomas e doenças? Não está na hora de reflectirmos de outra forma e descobrirmos que somos nós o maior agente de nossa cura e felicidade?

Você já exercitou ficar um pouco mais neste momento? Faça isso agora... por alguns segundos deixe todas suas preocupações de lado, tranquilize sua mente e seu coração... observe todo seu corpo... está tenso ou relaxado? Sua testa está contraída, seus lábios tensos, a arcada superior e inferior de seus dentes estão cerradas? E seus ombros? Solte cada músculo de seu corpo... solte seus ombros, deixe-os cair... Observe a sua respiração... está ofegante ou tranquila? Respire sem pressa... E os seus batimentos cardíacos... estão em ritmo acelerado? Quanta tensão! Relaxe... faça isso, são apenas alguns segundos e perceba a diferença!

Agora procure se lembrar de um momento feliz... pode ser de quando você era criança... brincando... com o que você brincava? Sua infância foi triste, infeliz? Mesmo se teve muita tristeza, ainda assim você teve algum momento de alegria. Lembre-se e traga aquele sentimento para o momento presente, você consegue. Deixe que o contagie! Com certeza você deve estar com um leve sorriso em seu rosto... Você consegue-se lembrar como se entregava aquilo que fazia? Como você vivia intensamente cada momento? Como era brincar com o que você queria? Quem escolhia as brincadeiras? Você devia brincar com o que gostava... E por que agora tem que ser diferente? Resgate a sua vontade de escolha, sem a interferência de ninguém. Resgate acima de tudo a sua capacidade de se entregar, de ser simplesmente você mesmo, com a diferença básica que você neste momento não precisa de ninguém para lhe ditar regras, para dizer que horas deve comer, qual roupa vestir, qual sentimento deve e pode sentir. Sinta a vida, a sua vida!
"Ah, eu não sou mais criança, isso passou há muito tempo", você deve pensar. Mas aquela criança alegre que você foi um dia ainda existe, e ela como ninguém sabe viver o momento presente! Ela tem a sensibilidade de valorizar uma flor, um dia de sol ou de chuva, um abraço, um carinho, uma xícara de chocolate em dia frio. E como era bom raspar a colher na panela em que o brigadeiro havia sido feito, lembra? Pense sobre a criança que você foi um dia, não para chorar ou se lamentar, mas para aprender a valorizar as coisas simples da vida e você, hoje um adulto, sabe que a vida é feita das "pequenas grandes" coisas, mas que o passar dos anos nos faz esquecer e sofrer. É, as pessoas nos magoam, nos decepcionam, nos ferem. Mas podemos escolher entre chorar, ficar remoendo o que aconteceu, pensando em como gostaríamos que acontecesse ou decidir ser feliz hoje, agora, neste momento. O que você escolhe?...

Por mais difícil que este momento possa ser, só depende de você o tipo de sentimento que permitirá sentir. Lembre-se que os frutos que você irá colher amanhã dependem das sementes que você escolher hoje! E entre tantas sementes, que tal escolher sementes de amor, perdão, fraternidade, compaixão e libertar-se de tudo, mas tudo mesmo, aquilo que lhe machuca, fere, aprisiona? Você pode viver a alegria, ela está dentro de você, apenas adormecida por tantas limitações e manipulações que nos fizeram acreditar. Desperte, acorde para você mesmo, permitindo e comprometendo-se a viver simplesmente na verdade de quem você é realmente!

Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento através de técnicas de relaxamento, interpretação de sonhos, importância das coincidências significativas, mensagens e sinais na vida de cada um, promovendo também o reencontro com a criança interior.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Bacalhau - À conversa para conhecer o Gadus Morhua




Nasce nas águas frias e longínquas dos grandes bancos do Atlântico Norte e é rei na mesa dos portugueses. De Norte a Sul do país o adorado bacalhau torna-se verdadeiro soberano pelo Natal com o consumo a subir quase 30%. Mesa farta para as bacalhoeiras, guardiãs da tradição de venda do bom bacalhau. Fomos ao encontro de algumas na baixa pombalina de Lisboa.
Café Portugal | segunda-feira, 21 de Dezembro de 2009

Na Praça da Figueira, Fernando Nunes espreita o movimento da rua num momento de descanso. A «Antiga Casa do Bacalhau», com mais de 150 anos, é a sua paixão há cerca de 25 anos. «Quando o senhor que cá estava empregado se reformou eu vim aqui para a Praça da Figueira substituí-lo», conta.

O quarto de século ligado ao Gadus Morhua, nome científico a que responde o bacalhau, deu a Nunes sabedoria na hora de aconselhar o cliente. «O bacalhau tem de ter uma cor amarelada, ‘loiro’ da cor do grão», comenta, enquanto fatia mais umas postas. Por dia a casa do bacalhau chega a vender 500 quilos do «fiel amigo», como o proprietário gosta de o tratar.

A casa enche-se e saímos com a promessa de voltar mais tarde. Caminhamos pela simetria das ruas da Baixa de Lisboa em direcção à Rua do Arsenal. No século XIX nesta artéria da cidade já fervilhava o comércio de bacalhau. Vem de longe a tradição bacalhoeira em Portugal com a pesca a apontar para as frias águas do Atlântico Norte, lar do «verdadeiro» bacalhau, o Gadus Morhua. No próximo ano o nosso país, mantendo uma cota de pesca semelhante a 2009, lança-se em bancos onde não marca presença há 11 anos. Das 5800 toneladas de bacalhau que Portugal poderá capturar em 2010, 1070 serão no Canadá.

Uma pesca que, em parte, vai alimentar uma indústria que em Portugal encontra longa tradição. É na região de Aveiro que ainda se encontram as maiores indústrias de cura e transformação deste produto. O país tem mesmo um processo de cura característico. Entende-se por «Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa», o bacalhau bem salgado e seco que foi previamente submetido a um processo de salga livre, seguido de um processo de maturação próprio e específico, segundo o site Produtos Tradicionais de Qualidade na Região Centro, do Ministério da Agricultura.

Estamos à porta d´«O Rei dos Bacalhaus» na Rua do Arsenal. O nome chama a atenção. O cheiro intenso não engana. Fernando Dias é bacalhoeiro há tanto tempo quanto o nosso anterior interlocutor. A escolha de uma profissão na juventude não foi difícil: «O que me levou há 25 anos a abraçar esta actividade foi o facto de ser um negócio de família», diz.

A bacalhoeira emprega duas pessoas, mas a concorrência dos grandes supermercados dificulta a sobrevivência. O segredo está em ter o cliente como um amigo, conquistando a sua fidelidade. Fernando Dias conta: «Este tipo de comércio tem outra atenção para com o cliente. A determinada altura já não é cliente mas sim um amigo. Há uma fidelidade».

O proprietário d´ «O Rei dos Bacalhaus» dá exemplo desta ligação entre comerciante e cliente: «Vem muita gente procurar saber como se cozinha. O ano passado tivemos alguns livros de receitas que dávamos a alguns estrangeiros, temos o cuidado de informar».
A lista de clientes é diversificada, aparecem mesmo alguns jovens, mas Fernando Dias acredita que não são mais porque «não sabem cozinhar e porque o bacalhau para sair bem requer algum tempo».

A ligação de Portugal ao bacalhau tornou-se tão forte ao longo dos séculos que até mesmo na linguagem recorremos ao bacalhau para passar mensagens. Os ditados e expressões populares recorrendo ao peixe são recorrentes. Recordemos que quando se quer afirmar que há imensas alternativas para resolver um problema se diz: «Há trezentas maneiras de fazer o bacalhau»; para descrever uma pessoa magra dizemos: «Está seco que nem um bacalhau» e, entre outras, para identificar um odor intenso a maresia comentamos: «Cheira a bacalhau».

Encontramo-nos novamente na Praça da Figueira, a «Antiga Casa do Bacalhau» de Fernando Nunes continua de portas abertas. Além do bacalhau, a posta, a cara, a língua e o bucho desta iguaria, Fernando Nunes vende também alguns acompanhamentos como o feijão e o grão.

O bacalhoeiro da Praça da Figueira comenta que «quando o bacalhau cá chega tem uma duração média de um ano, sendo conservado em câmaras frigoríficas, entre dois a sete graus». Fernando Nunes confessa que os anos nesta actividade não lhe retiraram a vontade de comer e diz mesmo: «Como bacalhau o mais possível isto é uma paixão».

Aproveitamos a confissão para pedir alguns conselhos sobre a confecção. «A preparação depende da espessura do bacalhau. Um bacalhau, um pouco mais grosso, deve estar de molho pelo menos 24 horas. A água deve ser mudada umas quatro vezes. Os bacalhaus maiores devem estar de molho pelo menos dois a três dias», afirma.

Depois deste processo de dessalga, muitas são as formas de apresentar o bacalhau. A imaginação nacional serve-o cozido, frito, desfiado à Brás e com natas. Existem ainda os pastéis de bacalhau e as pataniscas com o mesmo nome. Para rematar, Fernando Nunes sugere para acompanhar «um bom vinho tinto leve».

Notoriamente contente por partilhar o seu saber, Fernando Nunes remata a conversa com um lamento: «A juventude não gosta muito de bacalhau e as casas deste género têm tendência a acabar porque as pessoas não querem trabalhar neste tipo de loja, onde a roupa fica a cheirar a peixe todos os dias. Depois, temos os problemas das grandes superfícies que vendem mais barato mas não tem qualidade».

(em: http://www.cafeportugal.net/pages/sitios_artigo.aspx?id=1478)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Não faltar nada !....


















Uma professora dava uma aula aos seus alunos sobre as diferenças entre os ricos e os pobres.
A Júlia levanta o dedo:
- O meu pai tem tudo: televisão, telescópio, DVD...
- Tudo bem, diz a professora, mas será que tem um barco?
A Júlia reflecte e diz:
- Bem, não...
- Estás a ver, é como eu disse, não podemos ter tudo.
- Professora, disse o Artur. O meu pai tem tudo: ele tem TV, telescópio, DVD, barco...
- Sim, responde a professora, mas será que ele tem um avião particular?
Depois de reflectir, Artur responde:
- Bem, não...
- Estão a ver que não se pode ter tudo na vida. Disse a professora.
O Joãozinho levanta o dedo e diz:
- O meu pai é que tem tudo, pois no sábado passado, quando a minha irmã lhe apresentou o seu namorado Benfiquista o meu pai disse:
- ERA SÓ O QUE ME FALTAVA!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ao encontro dos «narradores da memória»




Por terras de Minde, concelho de Alcanena, ainda se ouve a «Piação dos Charales do Ninhou». Bem mais a Norte, na fronteiriça Miranda do Douro, celebram-se os dez anos do reconhecimento oficial de direitos linguísticos da comunidade mirandesa. Nos gabinetes do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, em Lisboa, inventaria-se a literatura tradicional. Do Alentejo a Trás-os-Montes investigadores fazem o levantamento da tradição oral e publicam-na como palavra escrita. Uma viagem de norte a sul do país no encalço dos «narradores da memória».
Café Portugal quarta-feira, 11 de Novembro de 2009

Minderico
Em Minde ainda se ouve a «Piação dos Charales do Ninhou» . A antiga linguagem dos mercadores de colchas sobrevive ainda hoje por terras de Minde, concelho de Alcanena. Não se sabe quantas pessoas continuam a linguajar a «Piação dos Charales do Ninhou». Certo é que termos actuais como televisão já entraram para o vocabulário de uma variedade linguística que teima em não querer morrer e que conta com defensores acérrimos. Que o digam Vera Ferreira e Alzira Roque Gameiro, as nossas duas interlocutoras. LER
Nota: para mais detalhes sobre este assunto, faça click nos sublinhados (LER e PORTAL) ou na Palavra-chave indicada mais abaixo (alentejo)
Ver PORTAL sobre o Minderico


Palavra-chave: alentejo

(in «Café Portugal - http://cafeportugal.net/ )


Votar em defesa da rolha de cortiça




O alerta chega através da petição on-line «Vinho com Informação é Opção».



A cortiça e a rolha que dai advém são riqueza nacional; o consumidor tem o direito de saber que tipo de vedante sela o vinho que adquire. Para os promotores da iniciativa está em causa uma escolha consciente e em defesa de um dos poucos produtos, a cortiça, onde Portugal lidera. Um alerta que chega aos engarrafadores, retalhistas, responsáveis políticos e consumidores.
Café Portugal quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

Dar ao consumidor informação sobre a rolha utilizada para vedar as garrafas de vinho é um dos objectivos da petição «Vinho com informação é opção», que corre na Internet. Uma iniciativa que surge com uma motivação clara: «Queremos ter acesso à informação do tipo de vedante utilizado nas garrafas antes de as abrirmos, só assim podemos fazer compras de forma consciente», lê-se na página oficial do projecto.Os promotores da petição em prol da rolha de cortiça justificam a acção com base em factores económicos e ambientais: A indústria da cortiça emprega no nosso país de forma directa e permanente cerca de 12 mil pessoas. A juntar a estes estão os trabalhadores sazonais aquando do «descortiçar», nome atribuído ao processo de tirar a cortiça aos sobreiros.

A nível nacional o sector representa, ainda, 2,3% das exportações. Um dos poucos sectores onde somos lideres mundiais.

Por outro lado, os montados de cortiça são a base do ecossistema da bacia mediterrânica, responsáveis pela preservação de centenas de espécies vegetais e animais. A rolha de cortiça é o vedante com a menor pegada de carbono (CO2) na sua produção e utilização. Uma mensagem que chega também ao vinho.

A cortiça contribui para a melhoria da qualidade do produto. «Permite que o vinho mesmo depois de engarrafado continue a evoluir através de uma micro-oxigenação controlada de forma natural. Mas também do ponto de vista de imagem para o vinho, pois os estudos de opinião apresentam a rolha de cortiça como vedante de eleição dos consumidores», lê-se na página do projecto.


Palavra-chave: alentejo