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A freguesia de Montargil situa-se numa zona de transição Alentejo/Ribatejo, mas o seu folclore reflecte ainda o facto de durante muitos anos, embora sazonalmente, aqui terem trabalhado pessoas vindas de outras terras, caso dos “tiradores de cortiça” do Algarve, e dos “ratinhos” vindos das Beiras em “tempo de ceifa”.
É a aculturação, é o encontro de culturas, é o moldar de uma cultura muito específica.É essencialmente uma “comunidade rural”, com a sua identidade não quer abdicar e maneira de ser, que o Rancho Folclórico de Montargil (na imagem acima), tenta preservar e divulgar.
O traje ou a “Copa”, era noutros tempos um factor que muito caracterizava quem o vestia, e o Rancho Folclórico de Montargil apresenta o mais fiel possível a “copa” que os seus antepassados usaram.Vestia-se pobre em Montargil, o que não significa que em especial a mulher não vestisse “bonito “.
O fato de “camponesa” era sempre igual, com uma ou outra pequena alteração em função da actividade que ia desempenhar, e a natural mudança de utensílio de trabalho.Tanto quanto sabemos, este trajo de camponesa é característico unicamente desta região de transição entre o Alentejo e o Ribatejo, o que demonstra bem como localmente se criou uma cultura muito própria. Era constituído pelas seguintes peças:Blusa com abas e” mangos” (estes de meia velha ou do riscado da saia); Saia de riscado escuro, arregaçada e atada no cós.” Podendo no entanto usar uma saia mais curta, que não seria arregaçada”. Ceroulas de ganga atadas nos tornozelos com fitas de nastro; Chapéu sobre o lenço, e este, consoante o trabalho, atado atrás, em cima sobre o chapéu ou à frente; Meias escuras de cordão; Sapato de atanado e sola, sendo que, dependendo do trabalho executado, podiam andar descalças.
Refira-se ainda, que quando a caminho do trabalho, algumas camponesas levavam um curto avental que tiravam ao chegar lá.
Era também nessa altura que, e se disso fosse caso a saia era arregaçada e presa no cós.
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